A
segurança na Internet é um tema bastante pertinente e atual nos dias de hoje.
Com esta revolução tecnológica, a Internet passou a fazer parte do nosso
quotidiano tornando-se assim numa necessidade comum a quase toda a população a
vários níveis, sejam eles profissionais, académicos ou de lazer. Através desta
poderosa e inovadora ferramenta é possível fazer compras, jogar, ler, trabalhar,
ver filmes ou séries, entre outras muitas coisas, sem sair de casa. Por um
lado, é bastante vantajoso, mas por outro é necessária uma atenção redobrada
sobre os perigos a que estamos expostos, muitas vezes sem darmos conta disso. “Não obstante as fantásticas capacidades e
oportunidades que a internet nos trás, não devemos esquecer que é uma montra
que nos expõe e que tem a força da onda que nunca dominaremos” (Vasconcelos,
2016).
Segundo
o que disse o professor João Torres, na passada aula de dia 16 de novembro, a
Internet trouxe anexadas imensas vantagens: novas formas de jogar, de aprender,
de comunicar, de viajar e de exprimir, mas não nos podemos esquecer dos riscos
que vem associados a todas estas possibilidades. O facto de hoje existirem dispositivos
que “(…) deixaram de estar mudos a partir
do momento em que ganharam conectividade.” (Oliveira, 2016) remete-nos para
a reflexão da nossa utilização segura da Internet enquanto seus beneficiários.
A empresa
Kaspersky Lab “(…) analisou objetos
domésticos do quotidiano, controlados por aplicações, e encontrou
vulnerabilidades em todos (…)” (Sem Autor, 2016), ora, isto é um verdadeiro
atentado à nossa privacidade, mas a realidade é que os culpados somos nós
próprios. Pensar que através de aparelhos que, à partida, não representam
qualquer perigo, podemos ser vítimas de ataques informáticos é absolutamente aterrador.
Os aparelhos ou aplicações para smartphones que controlam, por exemplo,
máquinas de café, câmaras de monotorização ou de vigilância, centrais de
aquecimento, entre outras, são verdadeiras tentações para os famosos “hackers”
e segundo Oliveira (2016) existem piratas por todo o mundo a vender o acesso a
milhares destes dispositivos em redes digitais obscuras. Além destes
dispositivos, as redes sociais são também um forte potencial para invasões de
privacidade e não só, os roubos de identidade tornaram-se bastante frequentes.
Sabe-se que hoje, é uma prática comum dos usuários das redes sociais
partilharem fotografias do seu dia-a-dia, aceitarem pedidos de desconhecidos,
partilharem dados pessoais etc. que ficam “(…)
armazenados na nuvem, sem sequer sabermos o local físico onde estão.” (Vasconcelos,
2016). Por todos estes motivos devemos ter o cuidado de manter os nossos
aparelhos atualizados e com medidas segurança severas, pois é através dos
descuidos que somos atacados e/ou invadidos. É essencial protegermo-nos através
de antivírus, da personalização das definições de segurança dos dispositivos e
das definições de privacidade das redes sociais de modo a conseguirmos ter o
máximo controlo possível dos nossos dados.
Outra
prática que está em ascensão são as compras online que nos permitem aceder a
mundo vasto de produtos sem qualquer esforço físico. Hoje são inúmeros os sites
oficiais de certas marcas, as páginas do Facebook ou os sites de revenda que
permitem comprar online com entrega à porta de casa. Mas esta facilidade está
apetrechada de vários riscos. Temos que saber a fidedignidade da entidade que
nos vende o produto, o método de pagamento, muitas das vezes existem algumas
modalidades variadas nomeadamente, transferência bancária, Paypal ou pagamento
à cobrança, mas nos casos em que tem que ser por transferência bancária é
essencial um maior cuidado. Corremos o risco do produto não ser enviado se efetuarmos
primeiro o pagamento, e assim existe a hipótese de sermos “burlados”. “Comum a todas estas transações é a entrega
de dados e, consequentemente, a partilha de informação relevante a propósito de
cada um.” (Vasconcelos, 2006).
Para
concluir, acho extremamente necessário que se alerte a população que usufrui da
Internet para todos os seus riscos e perigos. A geração de hoje é muito mais
digital, é por isso fundamental que sejam promovidas sessões sobre segurança na
Internet de modo a fornecer à comunidade ferramentas que ajudam na prevenção de
possíveis ataques informáticos.
“Uma falha de segurança, à
semelhança de qualquer arma física, vale consoante o seu poder destrutivo.” (Oliveira, 2016).
Bibliografia
autor, S. (2016). Internet das Coisas tem muitos benefícios mas deve ser usada com algum cuidado. Obtido de SapoTek: http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/internet_das_coisas_tem_muitos_beneficios_mas_deve_ser_usada_com_algum_cuidado-49539ust.html
Belanciano, V. (2014). Não são apenas as celebridades que estão a nu na internet. Obtido de Público: https://www.publico.pt/2014/09/03/culturaipsilon/noticia/nao-sao-apenas-as-celebridades-que-estao-a-nu-na-internet-1668563
Guerreiro, A. (2014). A máquina Google. Obtido de Público: https://www.publico.pt/2014/07/18/culturaipsilson/noticia/a-maquina-google-1663271
Oliveira, P. M. (2016). Quem vigia a Internet de Todas as Coisas? Obtido de Exame Informática: http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Torres, J., & Rodrigues, R. (novembro de 2014). Segurança na Internet
Vasconcelos, P. (2016). O surfista e a onda: fraude na internet. Obtido de Visão: http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
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