sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Reflexão sobre o jogo educativo "Falsos Gémeos"

A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem: uma opção ou uma necessidade?

Na sociedade atual temos vindo a assistir ao rápido avanço tecnológico e por consequente a uma geração cada vez mais digital. Quando se fala de novas tecnologias fala-se “(…) do computador pessoal, cada vez mais portátil, dos telemóveis que são muito mais do que isso (…), dos videojogos (…), das aplicações informáticas utilizadas com fins educativos, das plataformas de gestão da aprendizagem (…), que permitem o alargamento do espaço e tempo de aprendizagem para além da tradicional sala de aula e, em especial, da Internet.” (Paz, 2008).

As tecnologias de informação e comunicação vieram revolucionar o método de ensino tradicional contribuindo assim para opiniões distintas no que diz respeito à sua utilização. De acordo com (Paz, 2008) a utilização das TIC começa cedo e começa na escola, mobilizando as famílias e aproximando pais e professores na tarefa conjunta da educação.

O que se verifica hoje é que a utilização destas novas tecnologias já não começa na escola, mas sim em casa, uma vez que a geração atual nasceu numa era muito mais digital e tecnológica, com maior acesso a todos estes recursos. Relativamente à aproximação dos pais, é notório um maior envolvimento, mas ainda assim, pensamos que ainda poderão estar mais unidos de modo a proporcionar aos alunos um ambiente educativo muito mais enriquecedor.

O facto de existirem turmas heterogéneas suscita a necessidade de flexibilização nomeadamente “(…) a possibilidade de um sistema tutorial, o respeito pelos tempos individuais de aprendizagem de competências, a estimulação do auto-conhecimento (…)” (Fidalgo, 2009) dado que os alunos não estão todos ao mesmo nível nem possuem o mesmo grau de literacia tecnológica.

“(…) as TIC proporcionam uma maior variedade de estratégias de lecionação e envolvem os discentes num processo que já não se quer de aprendizagem passiva mas antes construtiva. O aluno é assim encarado como co-produtor do processo de ensino numa interação que se centra sobretudo na construção individual do conhecimento.” (Fidalgo, 2009) daí a necessidade de integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com (Figueiredo, 2000) cada vez mais jovens e adultos exigem variedade de canais de aprendizagem, num sistema de elevada escolha e exigem também uma maior atividade e interatividade, mobilidade, convertibilidade, conectividade, ubiquidade e globalização.

Mas para que a escola esteja à altura destas exigências terá de se adaptar a estas novas tecnologias explorando todos os seus potenciais didáticos e pedagógicos e fornecendo aos alunos todas as ferramentas necessárias proporcionando-lhes momentos de aprendizagem autónoma.

“A educação, como actividade sócio-comunitária que é, terá de se reconfigurar para se adaptar a um mundo denso de informação, multicultural, globalizado, veloz (…)”. (Botelho, Globalização e cidadania: reflexões soltas, 2005).

Relativamente ao papel do professor na sua relação com as tecnologias de informação e comunicação “(…) verificam-se muitas vezes atitudes de resistência à sua utilização entre os mais velhos.” (Paz, 2008). Por outro lado, “os professores actuais mais novos, como em geral os outros profissionais, foram formados cada vez mais imersos nas novas tecnologias de informação e comunicação.” (Paz, 2008).

Uma das razões para os profissionais mais velhos da área da docência mostrarem ainda alguma resistência à utilização das TIC, neste caso como opção, poderá ter a ver com a falta de conhecimentos tecnológicos que lhes permitam lecionar e dinamizar as aulas de modo mais contemporâneo.

Visto de um outro prisma, poderá até ser interessante esses mesmos profissionais desafiarem-se a si próprios deixando que sejam os alunos a ensinar-lhes visto que as novas tecnologias “(…) há muito fazem parte natural do seu ambiente, seja social, seja lúdico, seja mesmo de formação.” (Paz, 2008).

O professor tem a opção de incluir ou não a utilização das TIC nas suas práticas em sala de aula, mas aquando a sua utilização, este deve assumir um papel de mediador gerindo a utilização destes novos recursos e não ser apenas um transmissor de conhecimentos.

O professor, independentemente das suas opções de lecionação, deve estar em constante formação, aberto à aquisição de novas competências repensando sempre as suas práticas e metodologias. Para tal, a escola também teria de ter noção do que implica incorporar as novas tecnologias, tendo em conta que “(…) a sua utilização obrigaria a reformular conteúdos, estratégias e materiais didácticos há muito utilizados (…)” (Paz, 2008).

Em suma, concluímos que a integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem é uma opção das escolas e do corpo docente e é uma necessidade dos alunos de hoje, e acreditamos que futuramente será um recurso imprescindível nas escolas.

“Mas esta mudança na abordagem educacional necessita mais do que um processo de construção interactivo de saberes. Necessita de uma consciencialização de que o aumento do número de fontes de conhecimento e dos recursos de aprendizagem (e ensino) exige uma exploração multidimensional dos mesmos e para que isso seja possível há que concretizar efectivamente o processo de democratização de acesso ás novas tecnologias.” (Fidalgo, 2009).


Referências Bibliográficas
Botelho, F. (2005). Globalização e cidadania: reflexões soltas.
Botelho, F. (2005). Textos e literacias.
Fidalgo, P. (2009). O ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação.
Figueiredo, A. D. (2000). Novos Media e Nova Aprendizagem.
Paz, J. (2008). Educação e Novas Tecnologias.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Jogo Educativo - Falsos gémeos






Este jogo encontra-se disponível no portal do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, I. P. e para aceder diretamente à página do jogo clique aqui.


Público alvo:

Crianças do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico (do 2.º ao 6.º ano de escolaridade)

Aprendizagens esperadas:

  • Conhecer algumas das palavras homófonas que existem na Língua Portuguesa
  • Aprender a escrever corretamente as palavras apresentadas detetando com maior eficiência erros comuns da Língua Portuguesa e compreender as suas regras.